“Acontece in Loco – Montanhas do Alto Minho”, um projeito para a valorização do território

O projeto agrega numa parceria sete entidades regionais e locais com cofinanciamento do FEADER

Arcos de Valdevéz | Decorreu hoje, dia 20 de novembro, o webinar final do projeto “Acontece in Loco – Montanhas do Alto Minho – Montanhas Vivas, Comunidades Resilientes”, que teve como objetivo a apresentação dos resultados da implementação deste projeto, orientados, essencialmente, para as seguintes temáticas: agro-silvo-pastorícia, floresta e biodiversidade; turismo e desenvolvimento sustentável da montanha; viver e trabalhar na montanha e governança territorial e comunidades de montanha.

O projeto “Acontece in Loco – Montanha do Alto Minho” agrega numa parceria sete entidades regionais e Locais (Associação Regional de Desenvolvimento do Alto Lima – ARDAL, Instituto Politécnico de Viana do Castelo (Escola Superior Agrária), Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca CRL., Associação Florestal do Lima (AFL), Associação Território com Vida, Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) e Associação Sociocultural e Recreativa de Sistelo, com cofinanciamento do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).

Na sessão de abertura, o presidente do Município de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, salientou a importância da diversidade de parceiros e o atual novo olhar para os territórios de montanha, destacando quer a importância do desenvolvimento rural como um pilar de desenvolvimento sustentável dos territórios, quer, em particular, o valor dos recursos e das paisagens do Alto Minho. Durante a sua intervenção, referiu-se ainda ao desafio de fixação e atração de pessoas para os territórios de montanha, e que, no seu entender, este projeto contribuiu, sobretudo, ao nível da conjugação da valorização e da inovação com a tradição. Deu nota também da importância dos planos de valorização da paisagem focados nos territórios de elevado valor natural, tais como o Parque Nacional Peneda-Gerês, classificado pela UNESCO, desde 2009, como reserva mundial da Biosfera, assumindo a promoção da conservação da biodiversidade e dos serviços de ecossistema, a par do reforço das acessibilidades digitais, como indutoras do emprego e da qualificação dos territórios.

Para o primeiro secretário da CIM Alto Minho, Júlio Pereira, os resultados deste projeto são fundamentais para os próximos desafios a curto prazo, destacando a oportunidade para modelar as políticas agrícolas aos territórios através do Plano Estratégico da PAC pós-2020 que está em discussão pública até 11 de dezembro. Realçou também a excelência ambiental do território e a importância do turismo de natureza, no qual o Alto Minho se assume como uma NUT III completamente coberta pelo Galardão da Carta Europeia de Turismo Sustentável, atribuído pela Federação Europeia de Parques (EUROPARC).

O presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, referiu a importância da disseminação dos resultados deste projeto no contexto dos territórios de montanha, por forma a favorecer a resiliência, tendo por base o reforço das dinâmicas e práticas tradicionais, conjugando a investigação e o conhecimento para criar um ecossistema de maior inovação e atratividade territorial. Deu nota da importância da integração de iniciativas e projetos através da consensualização multissectorial local e regional de um modelo de governança centrado nos territórios.